Cuidar a memória é também preparar o futuro

O ARQUIVO DIOCESANO DE SANTARÉM reúne documentação desde o século XV até à atualidade, muito embora um ou outro testemunho alcance, quanto a conteúdos, a primeira metade do século XIII. Com uma extensão de cerca de 750 m.l., até ao momento, e ainda em expansão por via de incorporações e depósitos contratualizados, o Arquivo custodia um património cultural muito diversificado e relevante para a preservação, o estudo, e o conhecimento da História do Ribatejo. E também do itinerário histórico de inúmeras instituições do Patriarcado de Lisboa (sobretudo nas áreas do Oeste e da própria Cidade de Lisboa), a que o território da Diocese de Santarém pertenceu até 1975. Deve-se o facto, aparentemente estranho, ou quando menos inesperado, em razão do antigo Seminário Patriarcal, a que aquelas entidades, por meio dos seus bens patrimoniais, estiveram ligadas.

Os suportes documentais são os mais diversos, desde o pergaminho, o papel, a madeira, o metal, a provas fotográficas, negativos, películas de filmes, fitas magnéticas, entre outros. E a gama das tipologias é tão vasta quanto representativas estas das ações das mulheres e dos homens, como também das entidades e instituições, ao longo de séculos, que produziram os testemunhos preservados: registos paroquiais, aforamentos de terras, róis de confessados, capítulos de visitas, fotografias de procissões, cartazes de festividades, jornais ou filmes, inventários, contratos, livros de contas, entre muitos outros exemplos.

O ARQUIVO DIOCESANO DE SANTARÉM custodia também um significativo património bibliográfico, essencialmente constituído por Livro Antigo, desde a primeira metade do século XVI, proveniente sobretudo da antiga Biblioteca do Seminário Patriarcal, mas também resultado de outras incorporações, seja de pequenos núcleos paroquiais, seja de acervos pessoais.

No âmbito dos trabalhos que desenvolve, o ARQUIVO DIOCESANO DE SANTARÉM persegue pressupostos veiculados pelas ciências da informação e documentação, adotando práticas de acordo com as normativas internacionais (ISAD G) e as orientações emanadas pelos organismos nacionais (Arquivo Nacional Torre do Tombo, Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas; Conferência Episcopal Portuguesa) por forma a garantir uma futura recuperação da informação que assegure a sua difusão e trabalho em rede.

Nos termos previstos no Decreto fundacional, o Arquivo Diocesano de Santarém, obtida prévia autorização do Bispo Diocesano, pode adquirir, seja por incorporação, se aplicável, seja por doação, compra, ou qualquer outro título, a contratualizar, documentos históricos, ou legalmente equiparáveis, de qualquer natureza, produzidos (ou legitimamente integrados) por instituições e serviços com, ou sem, ereção canónica, não diretamente tutelados pela Diocese de Santarém, bem como por pessoas individuais, desde que tais documentos manifestamente contribuam para salvaguardar a memória da vida cristã de pessoas, instituições e comunidades, direta ou indiretamente relacionadas com o espaço territorial que configura a Diocese, ou, que, não revestindo tal natureza, assumam relevância para a compreensão do itinerário de memória da Igreja diocesana.

Projetos em curso

  • Salvaguarda Documental dos Arquivos Paroquiais
  • Recolha de fotografias e outros testemunhos da vivência religiosa das comunidades (acervos particulares)

Principais Fundos

  • Cúria Diocesana
  • Seminário Patriarcal de Santarém
  • Paroquiais
  • Confrarias e Irmandades
  • Associações, Movimentos e Obras
  • Arquivos pessoais