Mateus, um dos Doze, era cobrador de impostos até ao convite de Jesus: “Segue-me”.
“Ele levantou-se e seguiu Jesus”, e com esta atitude o Mestre havia de se justificar aos fariseus, abrindo as portas da Misericórdia: “Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,13).
Da vida que partilhou com Cristo e os Apóstolos deixou-nos o relato no Evangelho, um dos sinóticos.
Assim surge São Mateus nesta escultura: de pé, envolto com o seu manto de mártir, redige com a pena o Evangelho. Serve-lhe de apoio um anjo, que com uma mão segura o livro, e na outra o tinteiro que alimenta a pena.
O anjo ou o homem alado, segundo as interpretações de Santo Ireneu de Lyon e de São Jerónimo ao Livro de Ezequiel (1, 4-28), a par das restantes representações do Tetramorfo e dos Evangelistas, simboliza São Mateus que, no início do seu Evangelho, relata a genealogia de Cristo, seguida da aparição do Anjo do Senhor a José.
Oficina portuguesa, escultura de vulto perfeito, em madeira policromada, século XVIII; Paróquia de Santa Iria da Ribeira de Santarém
ERN